Sabe aqueles momentos em que você
precisa usar uma metáfora, mas está cansado de tudo o que já está
por aí?
“Silêncio profundo”, “cascata
de cabelos”, “voz áspera”...
Pois é, tem coisas que são tão
usadas, mas tão usadas nos livros que a gente até enjoa de ver, e
quando lê, elas já não fazem mais nenhum sentido porque as
palavras meio que caíram num limbo emocional e não despertam mais
nenhuma sensação.
Pois saiba que nem só de metáforas
repetidas vive o escritor.
Afinal de contas, usar a sinestesia
para transmitir uma ideia ou imagem é uma técnica muito comum, mas
nem por isso você precisa se apegar a ela de maneira padronizada.
Não Preencha Linhas.
Sério, não tem coisa mais sem sal
do que ler um livro cheio de metáforas clichês. Isso porque, quando
a gente escolhe uma história nova para ler, quer se sentir tocado
por ela. Quer que aquele conteúdo nos transmita sensações novas,
e isso não acontece quando o autor insiste no: “Seu coração
falhou uma batida” ou “soltou o ar que não sabia que estava
segurando”.
Quando a gente escreve precisa pensar
no leitor, precisa recompensar o leitor pelo tempo dedicado ao livro
e não simplesmente preencher as linhas com palavras, como se cada
uma delas fosse um pacote comprado pronto.
Escrever é um trabalho artesanal,
que exige cuidado, inovação constante e emoções genuínas.
Criar é a melhor parte
Sim, a melhor parte de produzir um
conteúdo novo é criar. Então porque usar coisas que já estão por
aí?
Inventar suas próprias frases é
essencial se o seu objetivo é realmente tocar o leitor. E as frases
sinestéticas são ótimas pra isso.
Através da combinação equilibrada,
a técnica deixa o seu texto único e transmite sensações tão
reais que são difíceis de esquecer.
Tá, mas como fazer isso?
Sinestesia na hora certa
Uma boa ideia é usar a sinestesia
para aliar diferentes sensações e transmiti-las ao leitor.
Sinestesia é exatamente isso, a
percepção combinada de duas sensações que juntas dão uma ideia
mais real e palpável sobre a emoção que envolve a história
naquele momento. Vou dar um exemplo:
Imagine que fulano é um sujeito com boa desenvoltura. Ele sabe do que está falando e é fácil ouvi-lo. Fulano está dando uma palestra e a plateia o escuta atentamente, logo: “Fulano tinha a voz líquida”.
Agora imagine uma outra situação:
Fulana entra num bar depois de enfrentar o frio agonizante do lado de fora. Há um balcão cheio, pessoas em mesas e “havia uma música morna no ar ”.
Como se pode ver, aliar audição,
olfato, tato e paladar podem ajudar, e muito, na hora de criar um
texto marcante.
Então abandone as metáforas batidas
e inove criando as suas próprias.
E se você gostou dessas ideias,
saiba que pode encontrar mais nas minhas redes sociais e é claro,
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Beijos e letras.
Lia Maia.
Adorei as dicas, nunca tinha pensado muito sobre isso. Eu sempre achei tão bonitinho "soltou o ar que não sabia que estava segurando", nem percebia que já era manjado, hahah
ResponderEliminarPost muito interessante, beijo!
Sorriso Espontâneo
Menina, pior que eu também não tinha me dado conta de que a frase se repetia tanto, até que eu vi uma postagem sobre isso num grupo de leitoras. kkkk elas não aguentavam mais kkkkk
EliminarSó quem produz conteúdo sabe quão difícil é criar textos relevantes, né? Não é fácil coordenar uma boa escrita, encontrar as fotos certas para compor o texto e ainda se preocupar com SEO - no caso de quem tem blog. Adorei suas dicas!
ResponderEliminarwww.kailagarcia.com
Muito legal a sua dica!
ResponderEliminarEstou com uma Pesquisa de Público no blog e convido você para participar.
big beijos,
Lulu
www.luluonthesky.com