Olha a Netflix olhando além da casinha, pisando fora da linha e trazendo a proposta Black Mirror, porém, totalmente interativo! É isso mesmo galera, para os que já assistiram ou não, o que eu assisti provavelmente é diferente do seu!
Bandersnatch, um filme/episódio nos proporciona a interatividade, o poder de escolha do protagonista! Apesar de ser atribuído a série Black Mirror, eu classifico com um filme, pois através das escolhas acabamos ultrapassando o tempo de um episódio.
É para galera que lembra do programa "Você Decide" que passava naquela emissora poderosa,nos anos 90, no qual era o público quem decidia o final através de ligações, agora, a plataforma de streaming, Netflix, nos trouxe essa possibilidade de criar diversas facetas e finais. Sem perder a essência da série,Black Mirror, o admirável mundo novo, a evolução da tecnologia inserida na sociedade e a maneira que nos adaptamos a essa, esquecendo até mesmo como eramos antes de tal invenção e/ou invasão.
Bandersnatch nos leva para 1984 e conta a história de jovem programador de vídeos games, Stefan, que após passar um grande trauma na infância, começa a adaptar um livro de sua mãe para a realidade "virtual", livro esse que leva o título desse filme, até que ele mesmo já não sente mais que tem o domínio da própria realidade. Sentindo a pressão de não ter o direito de escolhas, nosso protagonista começa a surtar até que acontece o meu final.
Acredito que há quem irá apontar grandes falhas ou apenas não gostar da proposta desse filme, mas, eu gostei e muito, e confesso que fui escolhendo as opções mais loucas para ver quais seriam as outras reações do jovem programador. Outro ponto que dá para adicionar aqui é a opção de recriar a cena, como assim? Após algumas escolhas, acredito eu ser sem continuidade, aparece novamente a opção de escolhas semelhantes as que já havíamos decido. O que nos remete a pensar que se realmente criamos todo o enredo final ou não?!
Bem, sendo induzidos ou não a criar o final do filme, a produção não deixou a desejar retratando tanto o transtorno do jovem, que chega a aparentar o quadro clínico de esquizofrenia. Veja o grau dessa trama!
Um observação pertinente a questão da interatividade é em relação ao dispositivo em que você irá assistir, pois aos que usarem apenas o notebook ou desktop - sem funções ou equipamentos que proporcione selecionar as opções de resposta para cenas seguintes - perde toda a graça e nem sei se há a possibilidade de continuar assistindo, pois, em todas as cenas temos o tempo de 10 segundo para decidir a resposta/cena.
A nível de curiosidade a gravação levou muito mais do tempo real dos episódios da série e gastos que duplicaram em relação ao investimento de produção, mas que para plataforma tudo compensa pelo o tempo que os assinantes permanecem assistindo e escolhendo as cenas e voltando para ver a outra possibilidade.
Uma experiência válida para todos que desejam tentar essa nova atração da Netflix, e também para todos que sentiram aquela dose nostálgica e divertida dos anos 90  "no qual você decide o final"!

primeira cena - para escolha.

 E quem já assistiu, qual foi sua consideração sobre? Deixa aqui nos comentários, vamos conversar.